JAGGER 70 ANOS :FILHOS BASTARDOS,VERSÕES BRASILEIRAS


 Do publico.pt

Mick Jagger faz hoje 70 anos. Let’s spend the day together

O rock é cada vez mais uma realidade para todas as idades. Perguntem a Jagger, Cohen, Caetano ou Dylan, todos eles septuagenários.

Hoje, sexta-feira, Mick Jagger faz 70 anos. E tem razões para festejar. Ontem ficou a saber-se que Hyde Park Live, o álbum dos Rolling Stones gravado durante os últimos concertos (de 6 e 13 de Julho) no Hyde Park em Londres, alcançou, em apenas 24 horas, o número 1 da lista de discos mais vendidos do iTunes.

Mas as razões para comemorar vão muito além disso. É que aos 70 anos o cantor continua com a voz intacta, e revela uma agilidade em palco notável, sendo sem dúvida o sustentáculo principal do grupo, apesar do protagonismo de Keith Richards.

E mesmo sem novo álbum, os Rolling Stones parecem sedentos de palcos: “Não vejo porque é que não haverá um sexagésimo aniversário” do grupo, afirmou Keith Richards, que em Dezembro também se vai transformar em septuagenário. E não estão sós.

Muitos outros músicos da mesma geração que já ultrapassaram os 70 anos continuam bastante activos. O ano passado Bob Dylan (72 anos) e Leonard Cohen (78 anos) lançaram novos álbuns e andaram em digressão, enquanto Lou Reed (71 anos), John Cale (71 anos), Paul McCartney (71 anos), Aretha Franklyn (71 anos) ou o brasileiro Caetano Veloso (70 anos), que lançou o ano passado o excelente álbum Abraçaço, também não têm parado.

E existe ainda esse fenómeno recente chamado Sixto Rodriguez (71 anos), que no início dos anos 1970 lançou dois álbuns sem nenhuma repercussão – excepto na África do Sul – e que foi recuperado nos últimos tempos, graças ao documentário Searching For Sugarman (2012), andando agora na estrada.

Brian Wilson (71 anos) também não se pode queixar. O fundador dos Beach Boys está a viver uma espécie de novo apogeu, tendo o seu grupo publicado o ano passado um novo álbum de originais.

E o que dizer de pioneiros do rock como Little Richards (80 anos), Jerry Lee Lewis (78 anos) ou Chuck Berry (86 anos) que ainda dão concertos, com muitos netos, na assistência? Quando são músicos do jazz ou da clássica ninguém estranha. A estranheza decorre do facto do rock se ter afirmado com essa ideia de ser a música dos jovens, para os jovens, sobre o que é isso de ser jovem. Ouvimos essa lengalenga tantas vezes que já nem nos interrogamos se é assim. E a verdade é que essa narrativa já perdeu o sentido.

Nada de extraordinário, se pensarmos que o rock, a e a cultura associada, há muito que passaram os 50 anos. E naturalmente, os músicos e os consumidores, e as sucessivas gerações que foram crescendo com o fenómeno, também foram envelhecendo. O que não mudou – contra todos os factos – é essa ideia de que criar e consumir rock é uma forma de expressão própria da juventude.

Mas entre a mitologia e a realidade existe uma diferença enorme. E se existe grupo que o personifica são os Rolling Stones. Longe vão os tempos em que Mick Jagger afirmava que nunca cantaria (I can’t get no) Satisfaction aos 40 anos. Eram os tempos em que criar e consumir rock era afirmar uma certa ideia de rebeldia.

Hoje começa a ser pacífico que o rock é feito e consumido por pessoas das mais diversas idades, como o jazz ou a clássica. Há anos os netos de Mick Jagger ficariam embaraçados ao ver o avô gritar para milhares de pessoas Let’s spend the night together. Hoje limitar-se-ão a sorrir. E não esconderão o orgulho pelo avô.

—–

Por Alessandre de Argolo

Parabéns ao Mick Jagger, completando hoje 70 anos de idade de puro rock and roll!

Eis uma homenagem ao astro do rock que adora o Brasil e é inclusive pai de um garoto brasileiro!

Jagger é do Brasil também!!

Seguem alguns clássicos dos Rolling Stones:

Mick Jagger, 70 Anos

LIKE A ROLLING STONES

Jagger 70: filhos bastardos, versões brasileiras, bootlegs, e o amigo Marku Ribas

Vocalistas de bandas de rock britânicas, eles não são filhos legítimos do líder dos Stones, mas bem poderiam ser. Confira também versões brasileiras para clássicos dos Stones e um perfil de Marku Ribas, cantor, compositor e percussionista brasileiro que tocou com a banda e era amigo de Jagger


FILHOS BASTARDOS

Mick Jagger assoprou 70 velinhas, sexta-feira, 26 de julho de 2013. Um dos maiores ídolos e ícones do rock há mais de 50 anos, e em plena atividade, Jagger ganhou também ao longo de sua extensa carreira o status de símbolo sexual de sucessivas gerações.
Casado por duas vezes, com Bianca Jagger e Jerry Hall, Jagger teve sete filhos com quatro diferentes mulheres – entre elas, como bem sabemos, a brasileira Luciana Gimenez, mãe de Lucas Jagger, hoje com 14 anos. Mas foram as relações extra-conjugais e o assédio frequente dasgroupies que fizeram a fama de sex symbol do roqueiro setentão.
Segundo a biografia Mick: the Wild Life and Mad Genius of Jagger (algo como Mick: a Vida Selvagem e o Gênio Louco de Jagger), lançada em 2012 pelo jornalista Christopher Andersen, o esguio e lascivo líder dos Stones teria ido para a cama com mais de 4 mil mulheres. O livro (não autorizado, naturalmente) especula, inclusive, que Jagger teria se envolvido com celebridades do calibre de Angelina Jolie, Uma Thurmann e a ex-primeira dama francesa Carla Bruni.
Suposições à parte, na virada dos anos 1980 para os 90, cinco bandas de rock britânicas tinham a frente vocalistas com fisionomia muito similar – sem contar os demais trejeitos e a influência musical – à de Jagger. Saiba quem são eles (na foto, em sentido horário):
Mark Gardener – vocalista e guitarrista base do quarteto Ride, de Oxford. Com o fim do grupo, em 1996, o guitarrista solo Andy Bell integraria, depois, o Oasis, como baixista.
Ian Brown – Vocalista dos Stone Roses, banda de Manchester que misturava elementos dançantes à uma música fortemente influenciada pelo psicodelismo dos anos 1960.
Richard Aschroft – Vocalista e principal compositor do grupo Verve, que fez grande sucesso mundial com a canção Bittersweet Symphony, carro-chefe do terceiro álbum Urban Hymns.

Gaz Coombes – Vocalista e guitarrista do Supergrass, banda que surgiu como um trio, em Oxford, mas depois tornou-se um quarteto. Influenciada por bandas mod, como The Who e The Kinks, fizeram grande sucesso com a canção We’Re Allright
Tim Burgess – Líder dos Charlatans, grupo de Northwitch, com sonoridade semelhante a dos Stone Roses, mas com acento ainda mais dançante.

VERSÕES BRASILEIRAS

Inquestionável, o Rolling Stones é uma das bandas mais influentes de todos os tempos. No Brasil, o grupo liderado por Mick Jagger e Keith Richards vem inspirando músicos desde os anos 1960, como os paulistanos do The Brazilian Bitles, que transformaram o hino I Can’t Get No (Satisfaction)em Não Tem Jeito; do The Youngsters, que fizeram uma versão enérgica de I Wanna Be Your Man; e dos Os Baobás, que verteram em português o clássico psicodélico Paint It Black e deram a ele o título literal (e, inevitável dizer, capcioso) Pintada de Preto:
Ouça as músicas:
The Brazilian Bitles – Não Tem Jeito
The Youngsters – I Wanna Be Your Man
Os Baobás – Pintada de Preto

OS REIS DOS BOOTLEGS

por Gonçalo Junior
Explicam os dicionários que o termo em inglês bootleg se refere a uma gravação de áudio ou de vídeo do trabalho de um artista ou banda musical, que pode ser realizada diretamente de um concerto ou de uma transmissão via rádio/televisão e até sobras de estúdios. Um bootleg inclui, às vezes, entrevistas e materiais inéditos, descartados por serem considerados inadequados para um produto comercial, bem como passagens de som, ensaios etc. Na prática, define os discos não oficiais, publicados quase sempre de forma pirata e dirigidos principalmente aos fãs mais dedicados de artistas.
Essa condição faz com que esse mercado negro se tornasse um paraíso de aproveitadores e oportunistas que, não raro, apenas muda a foto da capa e relança o mesmo conteúdo. The Beatles foi um dos grupos de rock com mais bootlegs da história da música. Um dos primeiros discos da banda foi o Kum Back, que trazia diversas versões de músicas gravadas para o álbum Let It Bemixadas pelo engenheiro de som Glyn Johns. Na década de 1970, a indústria do bootleg expandiu-se. As gravações ao vivo, ainda que fossem as mais comuns, possuíam qualidade ruim, já que eram feitas em meio ao barulho e gritos da multidão. Outros bootlegs eram feitos diretamente da cabine de som do artista, geralmente sem o consentimento da equipe que trabalhava nos concertos. As capas dos bootlegs também tinham qualidade ruim.
Um bootleg famoso da época é The Greatest Group on Earth dos The Rolling Stones. Em parte por causa de sua longevidade e quantidade de turnês, a banda é, provavelmente, o grupo recordista de LPs, CDs e DVDs nesse formato. A maioria se limita a reproduzir shows raros, de qualidade muitas vezes ruins, sofríveis até. Por outro lado, essa deficiência se justifica a aquisição de certos tesouros. Alguns selos italianos especializados em bootlegs fazem algo muito legal: indicam no verso a qualidade do álbum por uma cotação que vai de 1 a 4 símbolos de “+”. Se são +++ ou ++++, pode comprar que o produto é bom.
Brasileiros selecionou, entre centenas de bootlegs dos Stones, treze álbuns que valem a pena procurar:


NOSSO HOMEM NOS STONES


Leia perfil do cantor, compositor e percussionista brasileiro Marku Ribas, morto em abril de 2013, que tocou com os Rolling Stones e era amigo de Mick Jagger

Fonte:http://www.revistabrasileiros.com.br/2013/07/26/jagger-70/

Comentários